quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que eu espero de você?

Por Alda Marmo


Esperar é um verbo passivo. Mas como é verbo indica ação. Esperar é verbo quieto, de poucos movimentos, ele não se movimenta por ele, mas por aquilo que o acompanha, esperar está quase sempre acompanhado, esperamos ansiosos, roendo as unhas, comendo, pensando… , até as salas de espera estão organizadas de maneiras que você espere fazendo alguma outra coisa alem do esperar. Esperamos a hora certa, a porta abrir, o dia chegar, o telefone tocar…esperamos a sexta, o feriado, o Natal, a meia noite. Esperamos que alguma coisa aconteça…Existem esperas bonitas, a de um amor que está voltando, a espera de um filho…Mas a maioria das esperas são tensas, e por isso, uma vez dotados de inteligência desenvolvemos muitas maneiras de nos distrair das esperas.


Mas tem uma, aquela, aquelazinha que parece que nunca acaba, é a espera de que outra pessoa aja, tome as atitudes, fale, faça aquilo que NÓS ESPERAMOS.

Já pegou o seu banquinho?

Eita mania nossa essa de esperar que o outro se comporte do jeito que a gente espera, do jeito que a gente acha melhor, mais justo, mais adequado…do jeito que a gente compreende e aceita.

Quando será que vamos acabar com essa mania de querer que o outro nos atenda da maneira que NÓS queremos?

Por que não admitimos a maneira do outro amar, sentir, falar, agir ou ser?

Por que quando o outro não atende nossas expectativas nós o culpamos ?

AS PESSOAS NÃO SÃO PRODUTOS QUE PODEMOS ESCOLHER OS ACESSÓRIOS QUE AS ACOMPANHE, como fazemos com carros ou pizzas, por exemplo. “ Dá para tirar a azeitona e colocar borda recheada com catupiry?”



Às vezes, ou muitas vezes fazemos coisas e geramos expectativas de que a outra pessoa seja recíproca, ou seja nos devolva algo similar, na mesma moeda…Fazemos isso o tempo todo, com TODOS os membros da nossa família, com amigos, chefes, vizinhos…Esperamos…e nada… infelizmente não podemos devolvê-los como fazemos com os produtos que compramos…e o que acontece? Acontece que a espera se torna decepção, desilusão, ou raiva…e imbuídos dessas emoções ficamos amargurados. Desistir? Abrir mão? Ir embora? Pode ser uma opção, a outra é procurar compreender, aceitar a maneira do outro…Ahh….mas não é isso que você busca? E você não tem coragem de ir embora? Então espere até ficar insuportável, geralmente quando fica assim a coragem vêm, e eu não estou sendo sarcástica não viu !

A outra opção é olhar para si, e esperar de VOCÊ uma atitude, se for preciso, grite mas não espere quando se trata do outro, seja claro diga o que precisa, dê ao outro a chance de se posicionar diante da sua necessidade. Cobre sim, mas cobre de VOCÊ seja compreensão, uma escolha, uma decisão ou coragem…Se não como eu já disse espere, mas espere sentada, confortavelmente sentada.

Fika a Dika: Eu espero que você tenha CORAGEM para FAZER tudo que lhe deixe feliz.







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