quarta-feira, 30 de maio de 2012

A diferença entre amor e paixão

Eu já comentei aqui algumas vezes que já vivi um um relacionamento muito turbulento onde o sofrimento era maior do que a  felicidade. A insegurança era maior do que a certeza. E como não podia ser diferente, a história chegou ao fim. No auge do meu sofrimento cheguei a pensar que a vida sem ele não tinha mais graça e que nunca mais iria amar outra pessoa!

Hoje, olhando a história de longe, sei que não era amor, mas uma daquelas paixões avassaladoras que nos deixa sem rumo, sem chão, sem visão, sem identidade e que nos faz passar a gostar mais do outro do de nós mesmos, que nos faz abrir mão do a gente mais gosta pra viver o que o outro mais gosta.

Então a diferença entre amor e paixão ficou bem clara para mim: PAIXÃO está relacionada com a impossibilidade de ter alguém que queremos muito! No AMOR você aprende a se relacionar com os pés no chão. 



Nós nos apaixonamos pelo impossível. Projetamos na pessoa algo que desejamos. Na paixão não conseguimos ver o outro da forma que ele é. Hormônios circulam fortemente em nosso corpo, somos tomados por uma sensação que, muitas vezes, se assemelha a alguma droga. E quando a pessoa se ausenta e somos impossibilitados de estar com ela, sofremos. Sofre o ego, sofre aquele que é carente, sofre quem não sabe viver só. Na paixão sentimo-nos dependentes emocionais.

A paixão é o resultado de alterações químicas que ocorrem no nosso cérebro. Você se apaixona e fica sem dormir direito, não sente muita fome, passa o dia pensando na pessoa... Todo mundo está cansado de saber que o começo de um relacionamento é um mar de rosas. Isso acontece porque o nosso cérebro está dopado (sem brincadeira!) pelos hormônios dopamina, adrenalina...É por isso também que no início, não notamos os defeitos do outro. Quem cega é a paixão, não o amor.

A paixão é totalmente egocêntrica, passional, escandalosa. 



É normal sentir que com o tempo, a pessoa que antes era perfeita, não é mais tão perfeita assim. Uma boa hora para saber se é amor ou não é quando começam as brigas, pois elas significam que vocês se importam um com o outro. Amar alguém não é fácil. É aceitar que o outro tem defeitos, que somos diferentes, mas que podemos conviver com estas diferenças, pois o que atrai duas pessoas é exatamente o que um tem e o outro não.  


Para amar é fundamental que você tenha a sensação de que está sendo você mesmo, que é autêntico. Você pode até disfarçar por algum tempo, mostrando ao seu parceiro o que ele espera de você. Você faz média porque está apaixonado. Mas é inevitável que você se canse e, finalmente, mostre quem realmente é.

O amor é cuidadoso, atencioso e cúmplice. Ele nos faz acreditar que a felicidade não está nas mãos de outra pessoa e sim nas nossas mãos. Que só podemos ser felizes com alguém se conseguirmos ser felizes com nós mesmos.

Eu não tenho dúvidas que de estou vivendo um grande amor com o Henrique. Mas, costuma falar que sou completamente apaixonada por ele. De vez em quando ainda tenho friozinho na barriga, me pego sorrindo à toa e faço algumas loucuras por ele e é tão bom....



"A paixão testa, o amor prova. A paixão acelera, o amor retarda. A paixão repete o corpo, o amor cria o corpo. A paixão incrimina, o amor perdoa. A paixão convence, o amor dissuade. A paixão é desejo da vaidade, o amor é a vaidade do desejo. A paixão não pensa, o amor pesa. A paixão vasculha o que o amor descobre. A paixão não aceita testemunhas, o amor é testemunha. A paixão facilita o encontro, o amor dificulta. A paixão não se prepara, o amor demora para falar. A paixão começa rápido, o amor não termina." (Fabrício Carpinejar)








6 comentários:

Nathália disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nathália disse...

Estamos sempre buscando o amor e muitas vezes entramos numa relação onde todos os sentidos te dizem “não”, mas assim mesmo queremos, embora saibamos que o desfecho será trágico. O respeito é substituído por incontáveis desrespeitos, até os mais estaparfúdios...acreditam que eu já bisbilhotei o face de um cara? Sempre achei o Ó a falta de privacidade, e toda vez que ele insistia em me dar suas inúmeras senhas eu sempre recusava e ainda me sentia ultrajada, mas um dia a dona Paranoia tomou lugar (acho q ela já estava lá), daí aproveitei q ele estava “meio alto” e aceitei de imediato quando me ofereceu novamente sua senha (acho q pensou que recusaria hehe), e como quem procura sempre acha, descobri um cara totalmente estranho que eu insistia em idealizar...fui agraciada com um fim de romance paranoico. Faltou a lealdade dele e a minha confiança! Pratos inseparáveis numa relação de amor.

Carmem disse...

Muito interessante, gostei bastante do contexto do artigo. Parabéns!

Karen disse...

Dessa vez não discordamos haha, excelente texto!

Restauração de casamento disse...

bom

como salvar meu casamento disse...

exelente