quinta-feira, 21 de junho de 2012

Por mais amores musicais



Aprendi a respeitar o poder que a música tem sobre nós. Independentemente do estilo de cada um, quem nunca viajou ao som de uma canção pensando que aquela letra retrata muito bem determinado momento de sua vida? E pior, você começa a repetir aquele som várias vezes, mesmo que a fase não seja das melhores e a música te relembre algo triste.
Em um relacionamento, não existe uma “obrigatoriedade” para que os dois gostem do mesmo estilo musical, mas que isso é bom e muito, não há dúvidas. Quando ouço uma música que mexe comigo, gosto de compartilhar com quem é especial para mim. Me incomoda saber que uma namorada minha ouve aquilo de cara amarrada ou que finge que conferiu, mas nem ao menos clicou no maldito link.
Para mim, música e amor estão intimamente ligados. Desde pequeno, aprendi a ouvir música sertaneja e muito me orgulho disso. Minha família é do interior e diferente de muitos, não tenho vergonha de minha essência. E todos sabem que desde o fim da década de 80, esse estilo sofreu uma grande mudança, já que as pessoas passaram a viver majoritariamente em cidades. Foi substituído aquele conjunto de assuntos ligados intimamente à vida do campo e o romantismo ganhou muita força.
Ouço outros estilos (de Laura Pausini a Victor e Léo), desde que a música fale de amor. E é nesse ponto que quero sim, explicar o motivo de ouvir mais Bruno e Marrone que qualquer outra dupla, banda ou cantor (a). Primeiro, porque cantar com sentimento é algo para poucos. Talento vocal muitos têm, mas como é difícil saber interpretar sentimentos. Esse é o ponto alto da dupla.

Em “Choram as Rosas”, especialmente nessa versão, é possível notar esse talento. Para mim, falar de amor está longe de rimas complexas, letras ditas difíceis, pensativas e esse blá blá blá todo. Quando você ama, as emoções afloram, não há tempo para “frescuras”, tudo fica mais dramático, forte e, no entanto, simples.
E aí me chamam de brega, falam que só ouço música de corno e essas conclusões maravilhosas. Jamais me importarei. Vou além, sonho em um dia poder namorar alguém que tenha prazer em ouvir essas canções, que queira muito ir aos shows comigo e que, quem sabe, goste até mais que eu. Seria maravilhoso construir um romance baseado em canções como essa, em letras que assumem aquilo que se sente, como saudade, a dor de uma perda, a felicidade de encontrar a pessoa amada e por aí vai.
Quando no dia 17 de maio eu estive na gravação do DVD de Bruno e Marrone (que dia foi esse?...), vi de perto o quanto é complexo fazer esse tipo de trabalho. É muito simples hoje em dia estourar sucessos por aí com um “Vou pegar você, ai ai, ui ui...”. Só que os caras fizeram todo mundo parar para ouvir lançamentos com as seguintes palavras “Esses meus sonhos vão, me iludindo, me tiram a razão, contos de fadas são só imaginação...” e outro: “mas nem tudo vai a ferro e fogo, você faz o jogo que a mágoa te ordena, e as palavras são folhas ao vento, não podem dizer que chorar vale a pena”, e também “Eu sou remédio para sua carência e meu teste de paciência é ter que decifrar o seu amor”.
Quando eu encontrar uma mulher que acredite no amor exposto em letras como essas e outras muitas, podem ter certeza, não largo dela nunca mais.



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